Apresentação

O Programa de Pós-Graduação em Oceanologia (PPGO), avaliado com Conceito CAPES 7 (Avaliação Quadrienal 2017-2020), é um programa de pós-graduação conceituado nacional e internacionalmente. O PPGO encontra-se fortemente estabelecido e consolidado na liderança de estudos científicos e pesquisas aplicadas e avançadas nas distintas subáreas das Ciências do Mar e da Oceanografia. Com uma atuação integrada entre Docentes, Discentes e demais pesquisadores atuantes, o PPGO lidera diversos projetos de pesquisa (com forte interação internacional) que direcionam a pesquisa oceanográfica brasileira em temas de vanguarda do conhecimento para a compreensão dos Oceanos e do Clima, desde a inserção socioeconômica desenvolvida através dos estudos retratados nas zonas estuarinas e costeiras do Brasil até as peculiaridades envolvidas nos estudos da Oceanografia Antártica.

Os estudos desenvolvidos pelo PPGO são representativos de diversos compartimentos da área da Geociências, a saber: a Hidrosfera, através das ações das linhas de pesquisa relacionadas à Oceanografia (em todas as suas áreas básicas: Física, Química, Geológica e Biológica) e Paleoceanografia; a Litosfera, através das ações das linhas de pesquisa relacionadas à Geologia, Geoquímica, Geofísica, e Glaciologia; a Biosfera, através das ações das linhas de pesquisa relacionadas à Paleontologia e Palinologia; e a Atmosfera, através das ações das linhas de pesquisa relacionadas à Interação Oceano-Atmosfera, Climatologia e Paleoclimatologia. Ainda, linhas de pesquisa na vanguarda do conhecimento atual em áreas de tecnologias aplicadas, poluição e acidificação dos oceanos, oceanos e clima, dentre outras, colocam o PPGO como um dos PPGs do Brasil mais atuante e líder de pesquisas nos respectivos temas. 

A estrutura única apresentada pelo PPGO facilita a inserção dos estudantes no ambiente do ensino e da pesquisa científica de ponta, cujas parcerias internacionais já estabelecidas propiciam uma capacitação inter- e multidisciplinar em Oceanografia, bem como potencializa o direcionamento de estudos de desenvolvimento tecnológicos e inovadores. Este diferencial do PPGO o qualifica para liderar diversas ações ao longo da Década dos Oceanos entre 2021 e 2030, bem como fornece o apoio necessário para fomentar subsídios para o Brasil colaborar junto aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável  (ODS), delineado pela ONU. Dentre esses, destaca-se o de número 14: Vida na Águaconservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável.

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Análise espacial e temporal das mudanças nas geleiras da Península Antártica

Autor: Aline Barbosa da Silva (Currículo Lattes)

Resumo

O objetivo principal desta tese é caracterizar geomorfologicamente as geleiras da Península Antártica, bem como identificar padrões espaciais de mudanças na posição frontal dos diferentes tipos de geleira, entre 2001 e 2015. As bacias de drenagem glacial dessa região foram delimitadas com o uso de imagens ASTER e modelos digitais de elevação, e para as áreas não cobertas pelas imagens ASTER foram utilizados dados LANDSAT TM e ETM+ e dados do banco de dados Antartic Digital Database (ADD). A partir de uma classificação supervisionada foi gerada uma máscara para as áreas livres de gelo para que o cálculo de área das bacias de drenagem não fosse superestimado. O inventário de geleiras resultou na delimitação de 1906 bacias de drenagem, entre as latitudes 61ºS e 73ºS, correspondendo a uma área de 476.507,83 km2. Deste total, as áreas livres de gelo correspondem a 5.363,38 km2. Para a análise de morfometria glacial, foram desconsideradas as áreas livres de gelo e as áreas menores que 0,5 km2, que representam 35 geleiras e uma área de 11,81 km2. Deste total de 1872 bacias de drenagem, 16 são plataformas de gelo. Desconsiderando as plataformas de gelo, as 1857 geleiras restantes possuem tamanhos entre 0,14 km2 e 35.347 km2, com uma área equivalente a 342.696,56 km2. Entre 2001 e 2015, as geleiras da Península Antártica perderam uma área de 1.339,68 km2 em suas frentes de gelo e ganharam 91,34 km2. Classificando a atividade da língua das bacias, é possível afirmar que 39% tiveram uma retração leve, e 21 % tiveram uma retração marcada e 9% avançaram sua porção frontal. As 16 plataformas de gelo contabilizam uma área de 128.436,08 km2. Das 16 plataformas de gelo da área de estudo, 11 sofreram retração e um pedaço da Larsen B, que não estava em contato com a atual porção principal remanescente dessa plataforma desapareceu. As áreas iniciais das plataformas de gelo, em 2001, eram de 137.677,16 km2, representando uma perda de 8.817,08 km2 de frente com um avanço de 35,67 km2. As bacias classificadas como de descarga se mostraram as mais sensíveis á mudanças, principalmente em relação a retração na sua frente. As bacias de drenagem glacial classificadas como desprendimento e flutuantes foram as mais sensíveis em relação a qualquer tipo de mudança, tanto no avanço como na retração da sua área frontal.

TEXTO COMPLETO

Palavras-chave: Classificação geomorfológicaPenínsula AntárticaGeleiras